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Bater recordes em 4 passos

Primeiro surge a ideia, depois o intenso trabalho, a equipa de especialistas…e um intenso trabalho. Só depois vem a glória.

Não é fácil, mas é possível. Ultrapassar os limites do corpo, ir além das nossas expetativas e dos outros, é um trabalho de médio e longo prazo, cheio de dor e de sacrifícios a vários níveis. No entanto, é possível e prazeroso, diz quem já o fez. Mas antes de cortar a meta, há alguns passos que não podem ser esquecidos.

O que fazer se quiser bater um recorde

  1.  "Antes de começar qualquer atividade física, é essencial fazer exames médicos, avaliar a condição física e, sobretudo, a capacidade cardíaca", afirma Luís Ramusga, do Hospital Lusíadas Lisboa e fisioterapeuta Coordenador da Federação Portuguesa de Rugby.
  2. De seguida, é feita uma avaliação pelos preparadores físicos, que conhecem o corpo e as suas capacidades.
  3. Se o objetivo é vencer recordes (nacionais, internacionais ou mesmo pessoais) um planeamento cuidado de todas as etapas não deve ser descurado. "É preciso definir objetivos e perceber se se trata de desporto de fim de semana ou se a intenção é correr meia maratona, por exemplo", explica Luís Ramusga.
  4. Uma vez definidos os objetivos, o plano de treino passa também por uma identificação de alguns cuidados a atender em paralelo ao esforço físico:

- Seguir uma alimentação equilibrada;

- Usar equipamento adequado (bom calçado, por exemplo);

- Respeitar as horas de sono;

- Fazer uma boa recuperação do esforço físico, com alongamentos, estiramentos e repouso. Exercícios realizados corretamente, assim como uma adequada preparação física de pré-treino e recuperação no pós-treino são essenciais na prevenção de lesões.

 

E a motivação?

A motivação é igualmente importante. Pessoas diferentes reagem a estímulos diferentes. "É preciso conhecer o perfil dos atletas, saber se precisam de ganhar confiança ou se a têm em demasia; se é preciso puxar mais por eles ou, em oposição, puxar menos", revela o fisioterapeuta. Estar próximo do atleta implica ainda reconhecer os sinais de alarme, como a dor ou o cansaço. Em casos de alarme, é importante saber dirigi-lo para uma consulta, para fazer exames ou tratamentos de prevenção. Para o sucesso de desafios extremos (como os de alta competição) é igualmente determinante o perfil do próprio treinador ou preparador físico. "É necessário saber relacionar com o atleta ou atletas, se é de uma equipa que se trata. É algo que se pratica, mas que também tem que existir previamente. É algo com que se nasce", continua. É claro que há atletas que estabelecem os seus próprios objetivos e são capazes de gerar toda a motivação de que necessitam. "Mas é importante perceber se as metas estabelecidas são exequíveis. Para isso é que é feito um planeamento do treino, para evitar que queiram fazer mais do que podem em determinada altura". A avaliação da situação física, o planeamento cuidado e feito à medida, assim como o seu cumprimento a rigor, são meio caminho andado.

E não se esqueça

O corpo dá metade, o resto depende da capacidade de cumprir objetivos e de aguentar alguns sacrifícios físicos, pessoais e emocionais. E isso é o que distingue os heróis dos meros mortais.

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