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Excesso de peso e obesidade: 5 perguntas

A obesidade é uma epidemia própria da sociedade contemporânea. Só por si é um problema, no entanto, dá origem a outras doenças que se podem tornar crónicas ou mesmo provocar a morte.

Portugal tem uma das maiores taxas de obesidade da União Europeia. Caracterizada pela acumulação excessiva de gordura corporal, o excesso de peso e obesidade são dos problemas mais comuns na sociedade atual.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um dos fatores que contribuiu para o aumento das taxas de obesidade foi a modificação da estrutura das cidades: o afastamento das pessoas para os subúrbios teve como consequência o facto de sobrar menos tempo para a atividade física, o que terá aumentado a obesidade.

Causas do excesso de peso e obesidade

O excesso de peso e a obesidade não resultam simplesmente de comer em excesso e fazer más escolhas do ponto de vista nutricional. Estudos recentes demonstram que, em muitos casos, uma das principais causas é a genética. Outros fatores mais frequentes são os distúrbios do foro da endocrinologia como as doenças de tiroide e os maus hábitos alimentares, associados a uma vida sedentária.

As pessoas obesas têm ainda um risco elevado de desenvolver problemas crónicos, tais como problemas cardíacos e respiratórios, diabetes tipo 2, hipertensão e alguns tipos de cancros.

1. Como se determina que a pessoa tem excesso de peso ou obesidade?

A medida mais utilizada para verificar se existe excesso de peso/obesidade é o índice de massa corporal (IMC). O IMC é calculado dividindo-se o peso da pessoa pela sua altura elevada ao quadrado. É o padrão utilizado pela OMS, que considera o peso normal quando o resultado do cálculo do IMC está entre 18,5 e 24,9. Considera-se obesidade quando o IMC está acima de 30.

2. Existem vários tipos de obesidade?

Existem três tipos de definições quando uma pessoa está acima do peso considerado normal. O excesso de peso significa que há mais gordura no corpo do que o ideal para uma vida saudável. Já obesidade (IMC acima de 30) significa que a acumulação de gordura é muito acima do normal, com impacto na saúde em geral.

Fala-se em obesidade mórbida quando o valor do IMC ultrapassa os 40. O tratamento inicial passa sempre por um plano alimentar estruturado sob orientação de um nutricionista, associado a mudança de hábitos alimentares e exercício físico.

Nos pacientes com IMC acima de 35, a cirurgia deve ser considerada no plano de tratamento. É fundamental consultar um nutricionista para o ajudar a ter uma alimentação mais saudável.

3. A obesidade aumenta o risco de outras doenças?

A obesidade é fator de risco para várias doenças. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, além de problemas como artrose, refluxo gastroesofágico, entre outros.

A obesidade provoca ainda graves problemas emocionais e sociais, como o bullying e outras formas de discriminação, baixando a autoestima e afetando negativamente o rendimento escolar.

4. Como combater o excesso de peso e obesidade?

Um dos pontos de partida para combater o excesso de peso e a obesidade passa por fazer mudanças no seu estilo de vida. Um nutricionista pode ajudá-lo a criar um plano alimentar de acordo com o seu histórico de saúde.

Ao mesmo tempo, comece a praticar exercício físico gradualmente. Caminhadas, andar de bicicleta ou fazer natação podem ser uma boa opção.

5. As crianças são um grupo de risco para o excesso de peso e obesidade?

De acordo com a Comissão Europeia, Portugal está entre os países da Europa com maior número de crianças afetadas por esta epidemia. Uma criança obesa está em risco de vir a sofrer sérios problemas de saúde durante a sua adolescência e idade adulta.

Tem maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, asma, entre outras. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a obesidade é a segunda principal causa de morte no mundo que se pode prevenir, a seguir ao tabaco.  

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